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quarta-feira, 23 de junho de 2010

As emoções que o abraço propicia....



Desde sempre, os críticos do Tango e da sua forma de dançar procuraram no abraço outras razões para além da dança. Entretanto, quem dança, e principalmente quem se inicia e pretende aperfeiçoar-se, tem muito em que pensar, especialmente os homens, que sentem as dificuldades em executar simultanea-mente diversas tarefas: a condução, os passos, o sentido da caminhada, a escolha da figura a propor para cada compasso da música, necessitando assim de bastante tempo até conseguirem usufruir do prazer do baile. O abraço ou o contato dos corpos é seguramente a última coisa em que se pensa.

Certamente não se pode negar a presença das emoções que esse abraço propicia, que são os aspectos colaterais de uma dança na qual um homem e uma mulher se abraçam e que, naturalmente, pode proporcionar o nascimento de amizades e cumplicidades. Quando, no final da tanda, o homem e a mulher se cumprimentam mutuamente, estão na realidade expressando o prazer que tiveram, num espírito claro de igualdade perante o TANGO.

Artigo publicado na revista B.A.Gotan VOL.1 Nº.3 – 1965 (Trad. RM)
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